sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Contando histórias coma a aluna Luísa Gomes Vieiria

 Tema: Contando histórias

Disciplina: Clube do livro

Este texto foi produzido pela aluna Luísa Gomes Vieira e compartilhado com os alunos durante a aula do Clube do Livro.

VOVÓ E A ESTRELA-VIDA



Talvez esse lugar exista em algum lugar do mundo. Na minha opinião, se ele existir ele deve ser o MELHOR lugar desse mundo.

Bom, meu nome é Luísa, tenho 12 anos e moro no Brasil. O que eu posso dizer é que... numa noite qualquer, calma e tranquila. Mas aquele dia, eu não me sentia muito bem, estava inquieta e cansada. Não conseguia dormir.

Tudo começou quando... decidi escutar uma música calma com os sons da natureza para me acalmar. Fechei os olhos. Na imagem do vídeo que procurei, vi a imagem de uma casa, estava mais para uma cabana, que para chegar até ela teria que atravessar uma ponte, para mim aquela era a ponte para Terabítia.

Entrei no sonho... Imaginei atravessando a ponte devagar, como se eu não tivesse pressa pra chegar em lugar algum. Mas, nos meus pensamentos, estava preocupada quando chegasse lá e encontrasse algo que eu não gostaria, algo ruim. Então uma palavra chegou em meu consciente, o destino. Será que eu encontraria o meu naquela cabana?

Parei em sua frente, com medo de abrir. Tomei coragem, encontrei vovó. Mas ela estava mudada, estava com um vestido branco com rendas de tule. Estava andando ereta sem se curvar, estava feliz, e pude ver que sua depressão fugira de seu corpo. Eu estava feliz por ela, mas ao mesmo tempo me perguntava como ela melhorou. Ela me disse: - Minha querida, é o destino.

Dançamos, brincamos e rimos, estava tudo indo muito bem, até que me veio a pergunta que, por um momento, não pensei que fosse doer tanto.

Então falei: Vovó, onde está meu vô?

E vovó respondeu: ele descansou... Assim, como um dia todos vamos, assim como eu vou.

Fiquei triste e preocupada ao mesmo tempo, não sabia se aquilo era um aviso de adeus. Então decidi perguntar: - Como assim vovó?

Ela apenas me olhou com um sorriso de quem estava satisfeita com a pergunta, passou a mão em meu rosto e falou: - Querida, todos temos uma vida, e eu já vivi a minha, agora é a sua vez.

Dei um abraço muito apertado, com lágrimas escorrendo dos meus olhos, e pude ver vovó se desfazendo. Em seu corpo haviam estrelas prateadas, como se fossem de papel. A última vez que a vi, estava dando um sorriso de adeus.

Começou a chover, não sabia se ia embora da floresta ou se ficaria dentro da cabana.

Fiquei onde estava, chorando com a chuva. Depois de um tempo, decidi entrar na cabana, podia sentir o imenso abraço de vovó. Me deitei na rede onde ela costumava se deitar. Escutava-se o barulho da água calma e os passarinhos cantando já não tão felizes, pois sua amada se fora.

Passaram os anos, envelheci. Tive netos, menina e menino... eram dóceis e gentis, lembravam a minha senhora.

Minha neta mais velha encontrou a cabana que um dia sorrisos e abraços se formavam a cada segundo.

Brincamos, rimos e divertimos, quando minha querida perguntou: - Vovó, onde está o vovô?

Pude sentir um sorriso se formar em meu rosto, então falei: - Querida, eu encontrei o meu destino, aproveitei minha vida assim como seu vô, mas ele nos deixou com uma imensa saudade. Assim, como eu.

Pude ver a mesma expressão em seu rosto de quando eu era uma menina de 12 anos. Vi que estava preocupada e triste ao mesmo tempo.

Ela me deu um abraço apertado, e enxuguei suas lágrimas. Senti como se meu corpo estivesse sendo soprado para o além. Mas, antes de ir, eu falei: Querida, traga os seus filhos e netos para a cabana, não se perca na vida, um dia nos encontraremos no infinito.

Sumi... Fui para um lugar onde só se encontravam nuvens. Mas vi algo que achava que era um sonho tão desejado. Era vovó, a minha vovó!

Nos demos um abraço apertado e choramos.

Vovó, minha querida vovó!

Autora: Luísa Gomes Vieira. 

Esta história foi dedicada a minha vó Ercília, a pessoa que eu amo tanto.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO: RELEMBRAR É RESISTIR

Tema: Criando a empatia histórica entre a 2ª Guerra Mundial e O Diário de Anne Frank

Título: Memória do Holocausto: Relembrar é resistir

Séries: 9ºano A e 9ºano B

Professores responsáveis: Vitória e Thainá

Alunos participantes: alunos do 9ºano A e 9ºano B

A motivação inicial deste projeto foi proporcionar um diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento, história e literatura (através do projeto Clube do Livro), tendo como base a temática central da Segunda Guerra Mundial, mostrando não só a sua importância histórica, além de visão e o contexto político da época, mas também criar um sentimento de empatia, lendo relatos de uma garota que viveu escondida em um anexo secreto em uma tentativa de sobrevivência, enquanto o mundo vivenciava um verdadeiro caos. Além disso, também conhecer a visão da Anne Frank sobre tudo que estava acontecendo no momento, e a sua esperança de que um dia voltaria a ter uma vida normal, sem precisar se esconder. 

Mergulhe, através dessa exposição virtual, no passado, para tentar entender um pouquinho sobre o que foi esse momento histórico, e como as pessoas eram tratadas de forma desumana que deixaram marcas até os dias atuais.

CONTEXTUALIZAÇÃO:

A Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) foi um grande acontecimento histórico que, levou a humanidade a diversas reflexões, sobretudo acerda da ética e da valorização vida humana. Um dos protagonistas de tal acontecimento foi a Alemanha que, apesar de ser uma grande potência mundial, vivenciou momentos sombrios em seu passado, quando Adolf Hitler (1889-1945) assumiu o poder como Füher (1934 até 1945) instaurando o chamado III Reich, representando o partido Nazista.

Dentre as ideias defendidas tanto pelo líder, quanto pelo partido nazista estava o antisemitismo (ódio aos judeus), pois em meio a uma grande crise econômica que o país passava, desde o final da I Guerra Mundial, enquanto as famílias alemãs estavam em extrema miséria, pessoas desempregadas e inflação altíssima - judeus estrangeiros enriqueciam com a especulação financeira, o que levou a criação de teorias conspiratórias que os transformaram em "bode expiatório" de tal crise.

Hitler, utilizando-se do desespero da população e um forte sentimento nacionalista, prometia a volta ao passado glorioso do Império Alemão, o que poderia ser alcançado através do Lebensraum (Espaço Vital), ou seja, território exclusivo dos povos germânicos de raça ariana, considerados biologicamente superiores em relação a qualquer outro povo, sobretudo os judeus. 

Utilizando-se de recursos psico-sociais, Hitler conseguiu com suas propagandas em cartazes, filmes, rádio e outros, disseminar ideias racistas, fascistas e eugenistas acerca dos judeus e outros povos, executando um genocídio conhecido como Holocausto, que provocou a morte de mais de 5 milhões de judeus, de forma cruel em Campos de Concentração.

Os trabalhos a seguir, recuperam a memória de alguns personagens que vivenciaram tal período, com a proposta de reflexão e aprendizado com o passado.

EXPOSIÇÃO VIRTUAL PRODUZIDA PELOS ALUNOS DO 9ºANO A E 9º ANO B:





Texto de Mariana Jardim




Biografia de Adolf Hitler

Adolf Hitler (1889-1945) foi um político alemão. Líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista). Nomeado Chanceler começou a aplicar o programa nazista. Numa sucessão de golpes, atos ilegais e assassinatos instalou sua ditadura. Com a morte do presidente alemão acumulou a função de chanceler e presidente. Era o início do Terceiro Reich.

Adolf Hitler nasceu em Braunau, na Áustria, no dia 20 de Abril de 1889. Filho de Alois Hitler empregado de alfândega e Klara Hitler pretendia seguir a carreira artística. Aos 21 anos mudou-se para Viena e por duas vezes tentou, sem sucesso, entrar na Academia de Belas Artes para estudar pintura e arquitetura.

Em 1913 mudou-se para Munique e em agosto de 1914 alistou-se no Regimento de Infantaria do Exército alemão para lutar na Primeira Guerra Mundial. Nesse mesmo ano, por sua bravura, recebeu a condecoração da Cruz de Ferro. De volta a Munique passou a trabalhar na seção de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.

Aluna Maria Eduarda de Carvalho Freitas


 


Crianças judias em um campo de concentração, onde eram separadas dos pais. Mundoeducacao.uol.com.br

Viro o meu coração do avesso. O lado mau para fora, o bom para dentro e continuo a procurar um meio para vir a ser aquela que gostava de ser, que era capaz de ser, se sim, se não houvesse mais ninguém no mundo. – Anne Frank – vítima do holocausto.

Rafaela Teles Almeida 9°B





“Basta com a corrupção”, diz o cartaz que pede voto nos nazistas em eleição do fim da década de 1920. O punho com a suástica golpeia tanto os comunistas quanto os especuladores judeus.

Nome: Elaine Rosa

Data: 16 - 11

Fonte:fotografia.folha.uol.com.br

Hitler através da guerra de propaganda procurava se passar por um político honesto com o povo. E por meio de suas propagandas e censuras tentava manipular as pessoas, fazendo com que elas tivessem o mesmo pensamento que ele. E desde que o nazismo se consolidou, essa foi uma estratégia que passou a ser bastante utilizada


1930 – Nome: Propaganda nazista anticomunista

Fonte: Folha de São Paulo

Com uma tradução aberta temos: “Chega de corrupção. Escolha o nacionalismo”. Pode-se observar que um punho com a suástica apunhala tanto os comunistas, e os judeus.