Tema: Estudo do cariótipo humano
Título: A inclusão social de pessoas
com Síndrome de Down
Série: 8° Ano
Professor responsável pela atividade: Laura
Segismundo Coelho
Nome dos alunos participantes:
Melissa de Sousa Soares e Henry Franklin Pipper (redação); Maria Eduarda
Barcelos e Ana Luísa Maranha (fotos)
A
inclusão social de pessoas com Síndrome de Down
Olá, viemos aqui hoje falar um
pouquinho sobre a inclusão de pessoas portadoras da Síndrome de Down na
sociedade. Mas, primeiro, vamos explicar o que é essa síndrome tão conhecida,
mas tão pouco falada.
A Síndrome de Down pode ser
caracterizada como uma condição genética denominada trissomia do 21 e recebeu
esse nome por ter sido descrita, pela primeira vez, por Langdon Down, em 1866.
Como o próprio nome sugere, os portadores dessa síndrome possuem, no local do
par 21, um cromossomo a mais. Conforme estudado na aula de Biologia, para
determinar as diferentes espécies existentes, é necessário, em suas células,
que a quantidade de cromossomos, bem como sua forma e tamanho, seja igual.
Assim, no caso dos seres humanos, o número cromossômico é igual a 46, separados
em 23 pares, de acordo com a forma e o tamanho. No caso dos portadores da
Síndrome de Down, há a presença de um cromossomo a mais, totalizando 47
cromossomos, e esse cromossomo extra corresponde ao tamanho e formato do par
21, daí o nome trissomia do 21.
Já sabemos que pessoas com Síndrome de Down possuem características físicas e cognitivas bem desmarcadas e essas características são decorrentes da presença desse cromossomo 21 que possuem a mais. No entendo, dentre as principais características podemos citar: olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e dedos curtos; hipotonia ( tônus muscular baixo), o que reduz a força dos músculos; aprendizagem mais lenta, e varáveis graus de comprometimento intelectual.
Diante do exposto, fazemos a
pergunta: você sabe incluir pessoas com a Síndrome de Down em seu convívio
social? Se sua resposta for sim, então você está fazendo o correto, sabe por
quê? Porque elas são pessoas como todas as outras, e o que as tornam diferentes
é o que já foi dito anteriormente, elas possuem, no par 21, um cromossomo a
mais, e é justamente esse cromossomo extra que é conhecido como o “cromossomo
do amor”. No entanto, o fato de apresentarem algumas características físicas
diferentes das pessoas que não possuem a síndrome os tornam, em sua grande
maioria, alvos de preconceito.
Assim,
o movimento global de luta contra esse preconceito ganha força a cada dia. E, para ajudar na conscientização
sobre a inclusão social dos portadores da Síndrome de Down, a ONU (Organização
das Nações Unidas) criou o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no
dia 21 de março com o objetivo de chamar atenção da sociedade sobre a importância do respeito e a inclusão bem como aumentar a visibilidade social dos portadores da Síndrome de Down. Como exemplo
de superação de obstáculos e quebra de tabus, temos a modelo Maju de Araújo que,
com 17 anos, desfilou nas passarelas do Brasil Eco Fashion Week. Além de ter se
tornando recordista mundial desfilando mais de quarenta vezes na Osasco Fashion
Week, isso nos mostra que não são elas que não têm capacidade de se destacarem,
e sim nós que não damos chance para que eles tenham seu espaço na sociedade. Agora
que você leu esse texto, esperamos que tenha consigo refletir um pouquinho mais
sobre o assunto.
Diante
do que foi dito até aqui, vamos apresentar uma atividade realizada na aula de
Biologia que nos permitiu uma melhor compreensão sobre o que é a trissomia do
cromossomo 21. Nos próximos parágrafos vamos detalhar como foi realizada a
atividade na turma do 8° ano.
A
professora, após apresentar sua aula expositiva sobre cariótipos humanos como
parte do nosso estudo sobre o núcleo celular, distribuiu para cada aluno duas
folhas com vários cromossomos esquemáticos espalhados que, teoricamente, foram
obtidos a partir de uma célula humana que se encontrava na etapa de metáfase,
durante a divisão celular (Figuras 1 e 2).
Figura 1
Figura 2
Além dessas folhas, recebemos também um modelo pronto de um cariótipo
referente a um homem normal (46, XY) para usarmos como modelo, como se pode
verificar na figura 3.
Figura 3 – Cariótipo humano (Homem 46,XY)
A
atividade consistia em escolher um dos cariótipos entregues (Figuras 1 e 2) e
recortar cada cromossomo.
Após
cortarmos os cromossomos, fomos orientados a montar o cariótipo seguindo o
modelo apresentado na figura 3, começando pelo maior até chegar ao menor. Como
podemos notar na figura 3, os cromossomos são agrupados aos pares, como já
explicado anteriormente, por termos 46 cromossomos distribuídos em 23 pares
homólogos, ou seja, cada cromossomo tem seu par idêntico em forma e tamanho.
Assim, os cromossomos recortados foram colados um a um separando seus pares
homólogos na folha que foi entregue, conforme mostra na figura 4.
Figura 4 – Folha guia para montagem do
cariótipo e apresentação do diagnóstico, apontando qual síndrome está
representada.
Após
montagem do cariótipo, nós tivemos que dar o diagnóstico final com base no
número de cromossomos final. Desse modo, o cariótipo que continha 47
cromossomos no total, sendo três cromossomos no par 21, o diagnóstico seria de
um homem com Síndrome de Down; portanto, seu cariótipo é classificado como 47,
XY + 21. Já o cariótipo que continha 45 cromossomos no total, sendo que o que
estava em falta era o par sexual referente ao cromossomo X, referia-se a uma
mulher com Síndrome de Turner, que também foi estudada durante as aulas de
Biologia. Essa síndrome atinge apenas mulheres, justamente por estar associada
à ausência de um cromossomo sexual X; portanto, no diagnóstico final, seu
cariótipo seria classificado com 45,X0.
Após
finalizamos essa atividade de extrema importância para o entendimento sobre o
assunto abordado em aula, conseguimos entender mais sobre os cariótipos
humanos, os cromossomos e, claro, sobre as diferentes síndromes responsáveis
pelas mais variadas anomalias, como podemos observar nos resultados obtidos
apresentados nas fotos a seguir.
Cariótipo
montado pela aluna Maria Eduarda Barcelos apresentando a trissomia do par 21
com 3 cromossomos iguais.
Cariótipo
montado pela aluna Ana Luísa Maranha apresentando a ausência do par sexual X,
no qual podemos observar a presença de apenas um cromossomo sexual, o que
permite afirmar que se trata de uma mulher com Síndrome de Turner.