quarta-feira, 17 de março de 2021

A inclusão social de pessoas com Síndrome de Down

 

Tema: Estudo do cariótipo humano

Título: A inclusão social de pessoas com Síndrome de Down

Série: 8° Ano

Professor responsável pela atividade: Laura Segismundo Coelho

Nome dos alunos participantes: Melissa de Sousa Soares e Henry Franklin Pipper (redação); Maria Eduarda Barcelos e Ana Luísa Maranha (fotos)

 

A inclusão social de pessoas com Síndrome de Down

           

            Olá, viemos aqui hoje falar um pouquinho sobre a inclusão de pessoas portadoras da Síndrome de Down na sociedade. Mas, primeiro, vamos explicar o que é essa síndrome tão conhecida, mas tão pouco falada.

            A Síndrome de Down pode ser caracterizada como uma condição genética denominada trissomia do 21 e recebeu esse nome por ter sido descrita, pela primeira vez, por Langdon Down, em 1866. Como o próprio nome sugere, os portadores dessa síndrome possuem, no local do par 21, um cromossomo a mais. Conforme estudado na aula de Biologia, para determinar as diferentes espécies existentes, é necessário, em suas células, que a quantidade de cromossomos, bem como sua forma e tamanho, seja igual. Assim, no caso dos seres humanos, o número cromossômico é igual a 46, separados em 23 pares, de acordo com a forma e o tamanho. No caso dos portadores da Síndrome de Down, há a presença de um cromossomo a mais, totalizando 47 cromossomos, e esse cromossomo extra corresponde ao tamanho e formato do par 21, daí o nome trissomia do 21.

          Já sabemos que pessoas com Síndrome de Down possuem características físicas e cognitivas bem desmarcadas e essas características são decorrentes da presença desse cromossomo 21 que possuem a mais. No entendo, dentre as principais características podemos citar: olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e dedos curtos; hipotonia ( tônus muscular baixo), o que reduz a força dos músculos; aprendizagem mais lenta, e varáveis graus de comprometimento intelectual.

        Diante do exposto, fazemos a pergunta: você sabe incluir pessoas com a Síndrome de Down em seu convívio social? Se sua resposta for sim, então você está fazendo o correto, sabe por quê? Porque elas são pessoas como todas as outras, e o que as tornam diferentes é o que já foi dito anteriormente, elas possuem, no par 21, um cromossomo a mais, e é justamente esse cromossomo extra que é conhecido como o “cromossomo do amor”. No entanto, o fato de apresentarem algumas características físicas diferentes das pessoas que não possuem a síndrome os tornam, em sua grande maioria, alvos de preconceito. 

Assim, o movimento global de luta contra esse preconceito ganha força a cada dia. E, para ajudar na conscientização sobre a inclusão social dos portadores da Síndrome de Down, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março com o objetivo de chamar atenção da sociedade sobre a importância do respeito e a inclusão bem como aumentar a visibilidade social dos portadores da Síndrome de Down. Como exemplo de superação de obstáculos e quebra de tabus, temos a modelo Maju de Araújo que, com 17 anos, desfilou nas passarelas do Brasil Eco Fashion Week. Além de ter se tornando recordista mundial desfilando mais de quarenta vezes na Osasco Fashion Week, isso nos mostra que não são elas que não têm capacidade de se destacarem, e sim nós que não damos chance para que eles tenham seu espaço na sociedade. Agora que você leu esse texto, esperamos que tenha consigo refletir um pouquinho mais sobre o assunto.

Diante do que foi dito até aqui, vamos apresentar uma atividade realizada na aula de Biologia que nos permitiu uma melhor compreensão sobre o que é a trissomia do cromossomo 21. Nos próximos parágrafos vamos detalhar como foi realizada a atividade na turma do 8° ano.

A professora, após apresentar sua aula expositiva sobre cariótipos humanos como parte do nosso estudo sobre o núcleo celular, distribuiu para cada aluno duas folhas com vários cromossomos esquemáticos espalhados que, teoricamente, foram obtidos a partir de uma célula humana que se encontrava na etapa de metáfase, durante a divisão celular (Figuras 1 e 2).

 

 
Figura 1
Figura 2

Além dessas folhas, recebemos também um modelo pronto de um cariótipo referente a um homem normal (46, XY) para usarmos como modelo, como se pode verificar na figura 3.

Figura 3 – Cariótipo humano (Homem 46,XY)

A atividade consistia em escolher um dos cariótipos entregues (Figuras 1 e 2) e recortar cada cromossomo.






Após cortarmos os cromossomos, fomos orientados a montar o cariótipo seguindo o modelo apresentado na figura 3, começando pelo maior até chegar ao menor. Como podemos notar na figura 3, os cromossomos são agrupados aos pares, como já explicado anteriormente, por termos 46 cromossomos distribuídos em 23 pares homólogos, ou seja, cada cromossomo tem seu par idêntico em forma e tamanho. Assim, os cromossomos recortados foram colados um a um separando seus pares homólogos na folha que foi entregue, conforme mostra na figura 4.


Figura 4 – Folha guia para montagem do cariótipo e apresentação do diagnóstico, apontando qual síndrome está representada.

Após montagem do cariótipo, nós tivemos que dar o diagnóstico final com base no número de cromossomos final. Desse modo, o cariótipo que continha 47 cromossomos no total, sendo três cromossomos no par 21, o diagnóstico seria de um homem com Síndrome de Down; portanto, seu cariótipo é classificado como 47, XY + 21. Já o cariótipo que continha 45 cromossomos no total, sendo que o que estava em falta era o par sexual referente ao cromossomo X, referia-se a uma mulher com Síndrome de Turner, que também foi estudada durante as aulas de Biologia. Essa síndrome atinge apenas mulheres, justamente por estar associada à ausência de um cromossomo sexual X; portanto, no diagnóstico final, seu cariótipo seria classificado com 45,X0.



Após finalizamos essa atividade de extrema importância para o entendimento sobre o assunto abordado em aula, conseguimos entender mais sobre os cariótipos humanos, os cromossomos e, claro, sobre as diferentes síndromes responsáveis pelas mais variadas anomalias, como podemos observar nos resultados obtidos apresentados nas fotos a seguir.



Cariótipo montado pela aluna Maria Eduarda Barcelos apresentando a trissomia do par 21 com 3 cromossomos iguais.



Cariótipo montado pela aluna Ana Luísa Maranha apresentando a ausência do par sexual X, no qual podemos observar a presença de apenas um cromossomo sexual, o que permite afirmar que se trata de uma mulher com Síndrome de Turner.










 


 


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